sábado, 13 de junho de 2009

1942 Os soldados da borracha



Os soldados da borracha




Reserva Extrativista Cachoeira, Xapuri-AC. Acervo: Patrimônio Histórico e Cultural – FEM. Acervo Digital: Memorial dos Autonomistas. Cortesia: Departamento de Patrimônio Histórico da Fundação Elias Mansour.


A Segunda Guerra Mundial provoca o segundo ciclo da borracha na Amazônia. Com a invasão japonesa do Pacífico Sul e da Malásia, a produção da borracha asiática sofre uma queda de 97%. Como essa matéria-prima é fundamental para o material bélico das Forças Aliadas, o presidente Getúlio Vargas faz um acordo de cooperação comercial com o governo norte-americano, o que desencadeia uma grande operação de extração de látex na Amazônia. É a Batalha da Borracha.Cartazes otimistas com o slogan “Borracha para a vitória” mobilizam nordestinos afetados pela seca a se alistarem para trabalhar nos seringais. São necessários cem mil homens para aumentar a produção anual de látex de 18 mil para 45 mil toneladas, como prevêem os Acordos de Washington. Navios abarrotados entregam aos seringalistas da Amazônia cerca de 55 mil trabalhadores nordestinos, que ficam conhecidos como “soldados da borracha”. Por cada um deles, o governo dos EUA paga cem dólares ao governo brasileiro. A economia novamente se fortalece. O dinheiro volta a circular em Manaus e Belém. Contudo, o crescimento da produção de borracha fica muito aquém do esperado.

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