quinta-feira, 24 de abril de 2014
Governador Tião Viana
Como é que a elite paulista, quer obrigar o Povo do Acre a prender imigrantes haitianos em nosso território, preconceito racial? Higienização? O Povo do Acre já acolheu mais de 20 000 desses irmãos haitianos, em busca de ajuda humanitária, são mais de 3 anos de solidariedade...Após mais de 3 anos da nossa ajuda humanitária, com apoio de alguns ministérios, quando 200 tiveram dificuldades ao passar em SP, o preconceito aparece. As elites preconceituosas querem o quê? Que prendamos essas pessoas? Que não as deixemos encontrar pais, mães e esposas que já estão no Brasil? O "andar de cima" das elites, parece, mesmo, querer, em pleno séc. XXI, assegurar seu território livre de imigrantes do Haiti? Vamos recomendar-lhes a releitura de Martin Luther King..."I have a dream"
Secretária de Alckmin critica governo do Acre por envio de haitianos ao Estado
Secretária de Alckmin critica governo do Acre por envio de haitianos ao Estado
Da redação ac24horasCom informações da Folha de São Paulo24/04/2014 10:09:04
Um impasse institucional foi criado entre o governo de São Paulo e o do Acre. O foco da critica dos paulistas é o fato do governo acreano enviar para o sudeste de forma “irresponsável” centenas de haitianos. A informação consta na reportagem da Folha de São Paulo, publicada nesta quinta-feira, 24.
De acordo com a publicação, a secretária de Justiça do Estado de São Paulo, Eloisa Arruda, chamou de “irresponsável” a conduta do governo do Acre ao facilitar a vinda de 400 haitianos para São Paulo nos últimos 15 dias. O governo Geraldo Alckmin (PSDB) reclama que não houve comunicação entre as autoridades acreanas.
“Quero demonstrar a minha preocupação e indignação”, afirmou Eloisa Arruda.
Para ela, existe um risco real dos imigrantes do Haiti serem aliciados para trabalho escravo ou até mesmo pelo tráfico de drogas.
Segundo a reportagem, os imigrantes ficam vagando em situação precária, sem rumo, nas imediações da paroquia Nossa Senhora da Paz, no bairro do Glicério, região central da capital paulista.
De acordo com a Folha, como muitos não têm documentação e endereço fixo na cidade, fica praticamente impossível arrumar um emprego formal. Haitianos que estão há mais tempo em São Paulo tentam auxiliar os compatriotas recém-chegados a encontrarem emprego e estadia.
Procurado para dar esclarecimentos, o secretário de Direitos Humanos do Acre, Nilson Mourão, também da pasta de Justiça e Direitos Humanos, afirma “que não entende a postura do governo paulista”. Segundo ele, há três e anos e meio, mais de 20 mil haitianos chegaram ao Acre.
“Eles não ficam aqui. É apenas uma porta de entrada. A maioria segue viagem rumo ao sul do país”, afirmou Mourão à Folha. “Esse processo não tem nada de novo”, acrescentou.
O secretário afirma que, nos últimos 15 dias, após o fechamento de um abrigo para haitianos na cidade de Brasiléia, perto da Bolívia e do Peru, o governo do Acre ficou obrigado a acelerar a ida dos imigrantes para os seus destinos finais no Brasil.
“Nós chegamos no limite. A cidade de Brasiléia, de 10 mil habitantes, está com 20% da sua população formada por imigrantes”.
Para Mourão, o Estado de São Paulo, “o mais rico da federação”, tem total condições de abrigar os 400 haitianos que acabaram de chegar.
Segundo o governo paulista, o Ministério Público do Trabalho foi acionado e está cadastrando os haitianos que desembarcaram na capital nos últimos dias.
“Existe apenas 100 na Missão Paz. Não sabemos onde está o resto”, disse Eloisa.
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