A crise da borracha
Companhia regional em exercício de fogo na cidade de Rio Branco. Fonte: Exploração da Hevea. 1913. Acervo: Edunira Assef. Acervo Digital: Memorial dos Autonomistas. Cortesia: Departamento de Patrimônio Histórico da Fundação Elias Mansour.
De todo o farto dinheiro arrecadado com a exportação da borracha, muito pouco é enviado pelo governo federal para a administração do Acre. E não bastasse a revolta dos acreanos, essa má administração resulta numa grave crise da economia regional.A rodovia Madeira-Mamoré é concluída, mas tarde demais. A Amazônia perde o monopólio de produção da borracha para os seringais plantados pelos ingleses na Malásia, no Ceilão e na África tropical. Com sementes oriundas da própria Amazônia, os concorrentes passam a ter custos e preço final menores, reduzindo o interesse do mundo pela borracha da Amazônia.
A crise econômica gera desemprego e êxodo rural e urbano, deixando sem perspectivas os seringueiros que permanecem no Acre. Sem a renda da extração do látex, muitos trabalhadores dos seringais se instalam na periferia de Manaus, em busca de melhores condições de vida. É o fim do primeiro ciclo da borracha. Enquanto isso, as terras em torno do rio Acre passam a ser chamadas de Rio Branco, em homenagem ao Barão do Rio Branco. A cidade será a capital do Acre a partir de 1920.
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