quarta-feira, 29 de outubro de 2008

O ecoturismo no Brasil


O ecoturismo, segundo o documento Diretrizes para uma Política Nacional de Ecoturismo, publicado pelo Ministério da Ciência e Tecnologia e pelo Ministério do Meio Ambiente em parceria com a EMBRATUR e o IBAMA, é um segmento da atividade turística que utiliza, de forma sustentável, o patrimônio natural e cultural, incentiva sua conservação e busca a formação de uma consciência ambientalista através da interpretação do ambiente, promovendo o bem-estar das populações. O Instituto de Ecoturismo do Brasil coloca como condições para a existência de ecoturismo a) respeito às comunidades locais; b) envolvimento econômico efetivo das comunidades locais; c) respeito às condições naturais – conservação do meio ambiente; d) interação educacional - a garantia que o turista incorpore para sua vida o que aprende em sua visita, gerando consciência para a preservação da natureza e do patrimônio histórico/cultural/étnico. Se não houver estas condições não é ecoturismo! Há porém, controvérsias, existindo pelo mundo, ao menos algumas dezenas de tentativas de conceituação do termo e da atividade e seus autores, estudiosos, empresários, prestadores do trade turístico, diletantes e apreciadores de viagens em geral estão longe de alcançar um consenso. Entre os que têm discutido cientificamente a questão no Brasil, pode-se citar Dóris Ruschmann, Zysman Neiman, José Osmar Fonteles, Paulo dos Santos Pires, Paul Joseph Dale, Sérgio Salazar Salvati, Laudo Natsui, Karen Garcia e Laura Rudzewicz. A publicação de material científico sobre o tema no país ainda é tímida em relação ao quanto o ecoturismo se tornou popular através dos veículos da imprensa e no cotidiano dos que apreciam a natureza. Sobretudo ao comparar-se a difusão de estudos sob a forma de livros em relação ao volume de material meramente jornalístico e de divulgação comercial sobre o assunto. Algo que pode contribuir para uma distância entre o que se pretende e alega como ecoturismo e o que de fato se pratica e difunde. Possivelmente, uma das causas para o conflito entre as concepçôes de ecoturismo pelo senso comum e por viés mais criterioso. Em 2008 foi criada a Revista Brasileira de Ecoturismo (www.physis.org.br/rbecotur) que visa suprir essa lacuna e tornar-se referência científica no país. Ele é editada pela Sociedade Brasileira de Ecoturismo e tem periodicidade quadrimestral.

Cinco Mandamentos do Ecoturismo

1-Da natureza nada se tira a não ser fotos.
2-Nada se deixa a não ser pegadas.
3-Nada se leva a não ser recordações.
4-Andar em silêncio e em grupos pequenos.
5-Respeitar uma distância dos animais, evitando gerar stress.

Os Dez Mandamentos do ecoturista

1-Amarás a Natureza sobre todas as coisas.
2-Honrarás e preservarás o bom humor;
3-Estarás sempre pronto a colaborar;
4-Serás capaz de te adaptares aos imprevistos;
5-Utilizarás os serviços dos guias credenciados;
6-Não reclamarás;
7-Não invocarás o nome do guia em vão, para perguntar se falta muito para chegar;
8-Não matarás mosquitos, formigas e carrapatos;
9-Não considerarás chuvas, atoleiros ou pontes quebradas como imprevistos;
10-Não poluirás o meio-ambiente.

Atividades consideradas ecoturismo

Esta é uma lista de actividades por vezes consideradas dentro do ecoturismo. Têm em comum o facto de serem praticadas em meio ao ambiente natural; no entanto, algumas têm suficiente impacto ambiental para não serem consideradas boas práticas pelos ecologistas, p. ex. o canyoning em trechos de rio usados para nidificação de aves de rapina.
Tirolesa
A chamada tirolesa é a prática da travessia de
montanhas, vales ou canyons, por meio de cordas, utilizando uma roldana e equipamentos apropriados. Essa modalidade de esporte radical é muito difundida no mundo inteiro, principalmente na Nova Zelândia. Seu nome, origina-se da região do Tirol, onde foi desenvolvida.
Cavalgada
Percorrer a
cavalo percursos em meio à natureza. É uma atividade especialmente indicada para terrenos muito acidentados ou em terrenos onde o tráfego de veículos não seja possível ou permitido, especialmente se necessário transportar equipamentos para outras atividades.

Passeios a pé em veredas e "levadas"
A
ilha da Madeira, a meio ao oceano Atlântico, é um local muito procurado para passeios a pé ao longo de veredas e também em levadas.

Snorkeling e flutuação
A flutuação é um passeio em que o turista flutua, equipado com roupas de neoprene, colete salva-vidas, máscara e snorkel, em um trecho de rio, geralmente com pouca velocidade de correnteza, e observando a fauna e flora aquática. Como é um passeio de ecoturismo, existem regras a serem seguidas, visando a conservação do ambient aquático. Na região de Bonito e Jardim, no estado de Mato Grosso do Sul, existem passeios de flutuação em rios de água cristalina, com alta biodiversidade, belíssimos.

Bóia-cross
O Bóia-cross, é a prática de descer corredeiras classe II (leves) em grandes bóias redondas. A atividade inclui brincadeiras no rio e é acompanhada por canoístas profissionais que garantem a segurança dos participantes.

Observação de aves
A observação de aves é o passeio de ecoturismo que tem como objetivo a observação das aves em seu habitat natural, sem interferir no seu comportamento ou no seu ambiente. Tal roteiro constitui uma forma legítima de exploração ecoturística das áreas naturais, visto ser uma prática de baixo impacto. O público que procura este tipo de atividade é um público específico que possui alto grau de consciência ambiental, estando atento e adotando seriamente as práticas de mínimo impacto em ambientes naturais. Lugares que possuem vocação natural para a exploração dessa atividade são áreas naturais em bom estado de conservação, com boa infra-estrutura receptiva e que já possuam catalogadas as espécies de aves que ocorrem na área. Em geral, os roteiro de observação de aves são desenvolvidos primordialmente em trilhas e horários distintos dos utilizados no programa turístico normal, e são acompanhados de guia especializado.No Sudeste do Brasil, proximo ao Rio de Janeiro, na reserva florestal de Macaé de Cima, podem ser vistas espécies de pássaros quase extintas no resto do Brasil, pois esta reserva representa 70% de mata verde existente no sudeste, atrás em importancia apenas da floresta amazônica.

Cicloturismo
Cicloturismo é uma modalidade turística onde o principal meio de transporte é a bicicleta e o Cicloturista, turista que pratica Cicloturismo, passa pelo menos um pernoite fora de seu local de convívio habitual, além de ser uma atividade não competitiva.
Observação de fauna e flora

Espeleologia

Estudos do meio

Trekking=
Paragliding

Asa-delta

Balonismo
Canyoning
Descidade penhascos e/ou cachoeiras, com auxílio de equipamento especial (rappel)
Rafting
O rafting é uma atividade praticada em botes com capacidade de 5 a 7 pessoas no máximo, sempre conduzido por um guia profissional e canoístas para garantir a total segurança dos praticantes.Em alguns lugares do Sudeste do Brasil, como os vilarejos de Lumiar e São Pedro, se pratica este esporte, pela abundancia de rios, cachoeiras, aliado ao clima fesco já que as vilas se situam nas montanhas, e à beleza da floresta da reserva de Macaé de Cima, proximo a Nova Friburgo e e a apenas duas horas da cidade do Rio de Janeiro.
Turismo geológico
Turismo geológico é o turismo que tem por fim visitar locais de elevado valor geológico, como
vulcões e geoparques
O ecoturismo é uma forma de turismo voltada para a apreciação de ecossistemas em seu estado natural, com sua vida selvagem e sua população nativa intactos.
Embora o trânsito de pessoas e veículos seja agressivo ao estado natural desses ecossistemas, os defensores de sua prática argumentam que, complementarmente, o ecoturismo contribui para a preservação dos mesmos e para o desenvolvimento sustentado das populações locais, melhorando a
qualidade de vida das mesmas.
O ecoturismo é percebido pelos seus adeptos ou tende a ser promovido como:
uma forma de praticar turismo em pequena escala;
uma prática mais ativa e intensa do que outras formas de turismo;
uma modalidade de turismo na qual a oferta de uma
infra-estrutura de apoio sofisticada é um dado menos relevante;
uma prática de pessoas esclarecidas e
bem-educadas, conscientes de questões relacionadas à ecologia e ao desenvolvimento sustentável, em busca do aprofundamento de conhecimentos e vivências sobre os temas de meio-ambiente;
uma prática menos espoliativa e agressiva da
cultura e meio-ambiente locais do que formas tradicionais de turismo.
De acordo com David Weaver, registrou-se o termo pela primeira vez no início dos anos 80.
O Ecoclub.com define-o como um estado ideal de um turismo que:
minimiza seu próprio
impacto ambiental;
patrocina a conservação ambiental;
patrocina projetos que promovam igualdade e redução da pobreza em comunidades locais;
aumente o conhecimento cultural e ambiental e o entendimento intercultural;
e que seja financeiramente viável e aberto a todos.
Já a International Ecotourism Society
[1] define ecoturismo como a viagem responsável para áreas naturais que conservam o ambiente e melhorem o bem-estar da população local. Isto significa que quem opera e participa de atividades ecoturisticas deve seguir os seguintes sete princípios:[2]
minimizar impactos
desenvolver consciência e respeito ambiental e cultural;
fornecer experiências positivas para ambos visitantes e anfitriões;
fornecer benefícios financeiros diretos para a conservação;
fornecer benefícios financeiros e poder legal de decisão para o povo local;
Elevar a sensibilidade pelo contexto político, ambiental e social dos países anfitriões;
Apoiar os direitos humanos internacionais e acordos trabalhistas.
A atividade, como presentemente configurada em muitas partes do mundo, é confundida com o turismo de aventura e, de fato, há quem inclua esta última, assim como outras nomenclaturas dadas ao turismo (por exemplo: turismo rural, turismo responsável, turismo ecológico, turismo alternativo, turismo verde, turismo cultural) como partes ou derivações de uma generalização chamada ecoturismo.

Ecoturismo


sexta-feira, 17 de outubro de 2008

SERRA DO DIVISOR /ACRE







Reserva Indígena NUKINIA Reserva Indígena Nukini situa-se no município de Mâncio Lima, localidade República, às margens do rio Môa. A área da reserva começa no Igarapé Timbaúba. O acesso à Reserva, é através de barco (verão e inverno) subindo-se o rio Môa a partir de Mâncio Lima ou de Cruzeiro do Sul. Não há uma estrutura formal para recepção de visitantes.
Tiver a oportunidade de conhece-los,sao pessoas maravilhosas e calorosas que ainda presevam sua identidade cutural,principalmente com as danças,os costumes,a vacina do sapo kampô e etc...

No Ponto do Mirante, dá para ver, de um lado, a plenitude da grande Planície Amazônica, numa paisagem que lembra um imenso tapete esculpido nos mais diversos tons do verde. Do outro lado, a vista é de grandes serras, também verdejantes, cada vez mais altas ao fundo, formando as primeiras ondulações da Cordilheira dos Andes, a maior cadeia de montanhas do mundo.
Tudo isso é o que se pode desfrutar no local mais alto da Serra do Môa, sede do Parque Nacional da Serra do Divisor, situado no extremo-oeste do Acre, no ponto mais ocidental do país. Ali, rios, igarapés e as muitas espécies de pássaros, insetos, animais e árvores dão, com razão, a essa região, na fronteira com o Amazonas e o Peru, o título de detentora da maior biodiversidade do planeta.

FLORA






Tipologia Florestal


No Parque Nacional da Serra do Divisor-PNSD, destaca-se a presença de 10(dez) grandes tipologias florestais e dezenas de ambientes associados, desde os aquáticos a afloramentos rochosos em topos de montanhas, representando 47% dos tipos de vegetação protegidos em UCs na Amazônia.De forma geral, apresenta dois grandes Sistemas Ecológicos Regionais: Floresta Ombrófila Densa (22,5%) e Floresta Ombrófila Aberta (77,2%).O domínio da Floresta Ombrófila Densa subdivide-se em três principais formações: Densa com emergentes em relevo colinoso; densa submontana e densa com emergentes em interflúvios tabulares.




Foram registradas 101 espécies de anfíbios, distribuídos nas ordens anura (7 famílias e 100 espécies) e caudata(uma família e uma espécie). Quanto aos répteis, foram encontradas 40 espécies pertencentes às ordens squamata, crocodilia e chelonia.Dentre as espécies de répteis encontradas destacam-se duas consideradas ameaçadas de extinção: Geochelone denticulata (jabuti)e caiman crocodilus(jacaretinga).

FAUNA










Das espécies de animais citadas na lista de espécies ameaçadas deextinção do IBAMA,dezenove habitam o PNSD.
Diversidade de EspéciesDentre as 1.233 espécies de animais encontradas no Parque Nacional da Serra do Divisor (PNSD), 90 foram consideradas de valor especial para conservação (76 vertebrados e 14 invertebrados).Mamíferos Só de mamíferos(sem incluir pequenos roedores e marsupiais) foram registradas 102 espécies, sendo: 45 de mamíferos terrestres, 2 aquáticos e 55 de morcegos que representam 53,4% das espécies de morcegos conhecidas atualmente para Amazônia Brasileira (103), incluindo o maior morcego das Américas, com envergadura de 1 metro.

Origem do nome



Origem do Nome


O nome do parque origina-se de uma importante característica geomorfológica, que existe na área, que é o divisor de águas das bacias hidrográficas do Médio Vale do Rio Ucayali(Peru) e a do Alto Vale do Rio Juruá(Acre - Brasil). O Parque possui a única cadeia de montanhas do Acre, a Serra do Divisor. Esta formação é dividida em quatro serras que são: Serra da Jaquirana, Serra do Môa, Serra do Juruá-Mirim e Serra do Rio Branco.PaleontologiaA região em que se encontra o PNSD, apresenta uma grande quantidade de depósitos sedimentares fossilíferos.



O Parque Nacional da Serra do Divisor(PNSD)

é o quarto maior parque nacional do país,

possuindo uma área de aproximadamente 843.000 ha.

Situado no extremo oeste do Brasil, no vale do Rio Juruá, Estado do Acre,

O Parque foi criado em 16 de junho de 1989 pelo Decreto Federal nº 97.839, como parte de uma política ambiental, objetivando a criação de um cinturão de proteção florestal nas áreas de fronteira do país. O PNSD é uma Unidade de Conservação(UC) de proteção integral, destinada à preservação dos ecossistemas e a fins científicos, culturais, educativos e recreativos, sendo administrada pelo Governo Federal através do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis - IBAMA.

Cachoeira formosa na serra do divisor


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