terça-feira, 29 de abril de 2014

Haitanos

Haitanos só fazem uma refeição por dia e dormem no chão em São Paulo

Imigrantes demoram meses para conseguir carteira de trabalho; sonho é aproveitar o pleno emprego brasileiro

24 de abril de 2014 | 14h 57


Bruno Ribeiro - O Estado de S. Paulo
SÃO PAULO - O som caloroso da música caribenha que saía de um aparelho de som barato nas mãos do haitiano Ricardo Assainth, de 18 anos, contrastava com a situação do grupo de oito pessoas que ouvia a música na manhã fria de São Paulo desta quinta-feira, 24. Fazendo só uma refeição por dia, dormindo em cima de cobertores sobre o chão duro, e sem fazer ideia de qual seria seu futuro, eles cantavam a música, imediatamente associada ao sol das praias tropicais.
O grupo está, há duas semanas, no Centro da Pastoral do Migrante, no Glicério, no centro da cidade. “Gastei US$ 3 mil para chegar até aqui. Economizei. Na minha terra, vivia uma vida melhor do que a que estou vivendo”, explicou Assainth. “Vim porque havia promessa de oportunidades aqui. O Brasil tem muito emprego. Mas não consegui nenhum porque não tenho carteira de trabalho”, diz o haitiano, que pretende trabalhar para pagar uma formação universitária por aqui. Agora, enquanto aguarda o documento, passa os dias sem ter o que fazer.
O pleno emprego brasileiro, que enche a boca de líderes governamentais, foi o que atraiu os imigrantes, nascidos em um dos países mais pobres do mundo e que foi destruído em 2010 por um terremoto. “Meu governo tem muita culpa pelo que está acontecendo. Eles não trabalham. Receberam ajuda do mundo todo depois do terremoto, mas roubam todo o dinheiro”, acusa Thomas Evenson, de 25 anos, que já está há dois anos no Estado de São Paulo. Mas ele também critica o governo brasileiro. “Se quiseram abrir as fronteiras para a gente, como fizeram, deveriam ter se preocupado em arrumar documentos, dar estrutura, para as pessoas trabalharem. O que falta são só papéis, é a burocracia. Se não nos quisessem, que fechassem a fronteira”, afirma.
Cerca de 100 pessoas passam a noite no centro. Quando acordam, circulam pelas redondezas – não há dinheiro nem para o ônibus. Evenson, que está aqui há dois anos, foi ao centro nesta quarta para ver se havia alguém que ele conhecesse entre os imigrantes. No bolso, um cartão de débito. “Se tiver algum conhecido, vou ao menos pagar um almoço, dar R$ 50. Eles não têm xampu, tem alguns sem escovas de dentes. Haitiano também é gente, ninguém deveria estar nessa situação”, afirma. “Isso me entristece muito”, completou o trabalhador – ele trabalha em uma tecelagem em Santa Bárbara D’Oeste, depois de seu primeiro emprego paulista, em uma rede de restaurantes de estrada.
Carências. Depois do começo da vida no país arrasado, juntar toda a renda para a viagem ao Brasil e passar fome no Acre, segundo relatam, os haitianos vieram de ônibus até São Paulo. Alguns, com parentes já aqui, tinham promessa de emprego. Mas a falta da documentação atrapalhou os planos.
A dureza dos últimos meses, com privações de sono e de comida, os tornou arredios. Os olhos fitam com raiva os repórteres que se aproximam, especialmente os fotógrafos. A desconfiança é geral. Mas, depois de pouca conversa – atrapalhada pelo fato de eles não falarem nem português, nem inglês nem espanhol, apenas o idioma creole de sua terra e francês – eles se mostram calorosos. E desesperados.
“Eles não gostam de fotos porque não querem que as imagens deles nessa situação chegue até o Haiti”, explica o padre Paolo Parise, que tem acolhido como pode os imigrantes. “Tivemos um grande fluxo no começo de 2012, mas não chamou a atenção da imprensa. Mas esse é o maior fluxo desde que estou aqui (há três anos)”, diz o padre.
Segundo Parise, há duas necessidades mais urgentes. Primeiro, um abrigo adequado aos haitianos. Em segundo lugar, documentação adequada para que eles possam trabalhar. “O abrigo é uma responsabilidade da Prefeitura. Já estiveram aqui na semana passada, mas a ajuda não veio”, diz o padre.“Vamos ver as carteiras de trabalho nesta tarde, com a vista da secretária de Justiça (e da Defesa da Cidadania Eloisa de Souza Arruda)”.
A secretária fez duras críticas na quarta-feira a seu equivalente no Acre, o secretário  de Justiça e Direitos Humanos Nilson Mourão. O chamou de “desleal” ao enviar os haitianos a São Paulo sem avisá-la. Ele rebateu, afirmando que ela “deveria se informar melhor” sobre a situação e dizendo que os haitianos não queriam ficar no Acre, uma vez que as melhores oportunidades estão no sul do País – São Paulo incluso. “Nós ajudamos. É o digno”, afirmou.
Os haitianos relatam que essa ajuda é relativa. Alguns, que tinham como destino final Santa Catarina, onde um frigorífico tem empregado imigrantes, não receberam ajuda até destino final. Só até o Terminal Rodoviário do Tietê, na zona norte de São Paulo.
Padre Paolo diz não querer entrar na discussão política. Mas confirma a versão. “Ele (Mourão) me ligou pedindo ajuda. Queria que enviássemos uma assistente social ao Tietê e intérprete para ajudá-los a continuar a viagem. Mas muitos não tinham o dinheiro para continuar”, afirma.
Assim, os haitianos acabaram na pastoral. Nos últimos 15 dias, foram 400 que chegaram em São Paulo. A maior parte deles, no entanto, já conseguiu lugar para ficar. Mas a questão trabalhista persiste. “O documento está demorando um mês e meio para sair”, diz o padre. Enquanto não sai, os haitianos continuam ali. Enquanto cantam, se dizem arrependidos da viagem, mas sonham com um futuro melhor. 


Tópicos: HaitiRefugiadosImigrantes

quinta-feira, 24 de abril de 2014

Governador Tião Viana

Como é que a elite paulista, quer obrigar o Povo do Acre a prender imigrantes haitianos em nosso território, preconceito racial? Higienização? O Povo do Acre já acolheu mais de 20 000 desses irmãos haitianos, em busca de ajuda humanitária, são mais de 3 anos de solidariedade...Após mais de 3 anos da nossa ajuda humanitária, com apoio de alguns ministérios, quando 200 tiveram dificuldades ao passar em SP, o preconceito aparece. As elites preconceituosas querem o quê? Que prendamos essas pessoas? Que não as deixemos encontrar pais, mães e esposas que já estão no Brasil? O "andar de cima" das elites, parece, mesmo, querer, em pleno séc. XXI, assegurar seu território livre de imigrantes do Haiti? Vamos recomendar-lhes a releitura de Martin Luther King..."I have a dream"

Secretária de Alckmin critica governo do Acre por envio de haitianos ao Estado

Secretária de Alckmin critica governo do Acre por envio de haitianos ao Estado

Da redação ac24horasCom informações da Folha de São Paulo24/04/2014 10:09:04
  
Um impasse institucional foi criado entre o governo de São Paulo e o do Acre. O foco da critica dos paulistas é o fato do governo acreano enviar para o sudeste de forma “irresponsável” centenas  de haitianos.  A informação consta na reportagem da Folha de São Paulo, publicada nesta quinta-feira, 24.
De acordo com a publicação, a secretária de Justiça do Estado de São Paulo, Eloisa Arruda, chamou de “irresponsável” a conduta do governo do Acre ao facilitar a vinda de 400 haitianos para São Paulo nos últimos 15 dias. O governo Geraldo Alckmin (PSDB) reclama que não houve comunicação entre as autoridades acreanas.
“Quero demonstrar a minha preocupação e indignação”, afirmou Eloisa Arruda.
Para ela, existe um risco real dos imigrantes do Haiti serem aliciados para trabalho escravo ou até mesmo pelo tráfico de drogas.
Segundo a reportagem, os imigrantes ficam vagando em situação precária, sem rumo, nas imediações da paroquia Nossa Senhora da Paz, no bairro do Glicério, região central da capital paulista.
De acordo com a Folha, como muitos não têm documentação e endereço fixo na cidade, fica praticamente impossível arrumar um emprego formal. Haitianos que estão há mais tempo em São Paulo tentam auxiliar os compatriotas recém-chegados a encontrarem emprego e estadia.
Procurado para dar esclarecimentos, o secretário de Direitos Humanos do Acre,  Nilson Mourão, também da pasta de Justiça e Direitos Humanos, afirma “que não entende a postura do governo paulista”. Segundo ele, há três e anos e meio, mais de 20 mil haitianos chegaram ao Acre.
“Eles não ficam aqui. É apenas uma porta de entrada. A maioria segue viagem rumo ao sul do país”, afirmou Mourão à Folha. “Esse processo não tem nada de novo”, acrescentou.
O secretário afirma que, nos últimos 15 dias, após o fechamento de um abrigo para haitianos na cidade de Brasiléia, perto da Bolívia e do Peru, o governo do Acre ficou obrigado a acelerar a ida dos imigrantes para os seus destinos finais no Brasil.
“Nós chegamos no limite. A cidade de Brasiléia, de 10 mil habitantes, está com 20% da sua população formada por imigrantes”.
Para Mourão, o Estado de São Paulo, “o mais rico da federação”, tem total condições de abrigar os 400 haitianos que acabaram de chegar.
Segundo o governo paulista, o Ministério Público do Trabalho foi acionado e está cadastrando os haitianos que desembarcaram na capital nos últimos dias.
“Existe apenas 100 na Missão Paz. Não sabemos onde está o resto”, disse Eloisa.

domingo, 13 de abril de 2014

Felipe: 'Roubado é mais gostoso'


Felipe: 'Roubado é mais gostoso'

  • Goleiro do Flamengo reclama de provocação dos vascaínos, mas aproveita erro do juiz para curtir com o rival
  • Para ele, título dramático lembrou o gol de Petkovic em 2001
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TATIANA FURTADO(EMAIL·FACEBOOK·TWITTER)
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Felipe comemora com a taça do Carioca 2014 Foto: Guito Moreto / Agência O Globo
Felipe comemora com a taça do Carioca 2014 Guito Moreto / Agência O Globo
RIO - Após a conquista do título carioca, o goleiro Felipe reclamou da provocação de jogadores vascaínos nos minutos finais da partida, antes do gol de Márcio Araújo que garantiu a conquista rubro-negra. Mas ele mesmo não perdeu a oportunidade de provocar os rivais. Questionado sobre o erro da arbitragem no lance decisivo - o volante estava em posição de impedimento -, Felipe assumiu seu lado torcedor.
- Estava impedindo, né? Roubado é mais gostoso - brincou.
Mas o goleiro também reclamou do comportamento dos jogadores do Vasco à beira do campo, enquanto o Flamengo lutava para alcançar o empate. Segundo ele, Fellipe Bastos e William Barbio, que já haviam sido substituídos na etapa final, começaram a provocar, do banco de reservas, a torcida e jogadores do Flamengo depois que Douglas fez 1 a 0 para o Vasco, aos 30 minutos do segundo tempo.
- A gente tenta não incitar a violência entre torcedores, e os jogadores fazem isso. Foi uma falta de respeito com o Flamengo, mas o castigo veio de avião, não não nem a a cavalo - afirmo Felipe, aproveitando para provocar o jejum de 11 anos se título carioca do Vasco.
- Eles deve estar há dez anos disputando o Campeonato Paulista, porque o Carioca eles não ganham.
Felipe disse que o título conquistado com um gol aos 45 minutos do segundo tempo o fez lembrar da conquista do Carioca de 2001, com o histórico gol de falta de Petkovic, que deu a vitória por 3 a 1 ao Vasco na decisão. E agradeceu à torcida rubro-negra por não ter desistido após o time ficar em desvantagem neste domingo.
- O mais bonito foi ver que a torcida não foi embora após o gol do Vasco. Ficou todo mundo até o fim, e me fez lembrar o título de 2001, quando eu acompanhei como torcedor lá na Bahia. Eu me arrepio até hoje.


Leia mais sobre esse assunto emhttp://oglobo.globo.com/esportes/felipe-roubado-mais-gostoso-12184924#ixzz2ypwMLQl3 
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O RIO MADEIRA BAIXOU, MAS A AFLIÇÃO NÃO ACABOU.

  1. O RIO MADEIRA BAIXOU, MAS A AFLIÇÃO NÃO ACABOU.

    Rio Madeira apresenta sinais reais de vazante, mas BR-364 ainda não oferece condições normais para tráfego.

    O rio Madeira, em Porto Velho, começou a dar sinais reais de vazante durante o final de semana. O nível do rio marca 19,09m, baixando 25 centímetros em 24 horas, segundo a medição da Agência Nacional de Águas (ANA) neste domingo, 13. Ou seja, o rio baixa 10 centímetros a cada 12 horas.

    Porém, a considerável vazante ainda não significa o fim da aflição para aqueles que precisam da BR-364 para transportar seus produtos. Apesar de a lâmina d’água ter baixado e muito nos trechos de Jaci-Paraná, Palmeiral, Nova Mutum e na região da Velha Mutum, os motoristas, especialmente de caminhões, terão agora o desafio de trafegar por um trecho de quase 40 quilômetros praticamente destruído pelas águas do rio Madeira.

    O presidente da Acisa (Associação Comercial do Acre), Jurilande Aragão, comemorou a descida das águas, mas por outro lado lamenta porque a rodovia ainda não dará condições normais para tráfego.

    “É muito considerável essa baixa das águas, mas também agora há a preocupação com a BR. Acho que é preciso haver um controle da passagem de carros. A gente comemora porque a BR começa a aparecer, mas infelizmente há as conseqüências da cheia”, disse Jurilande Aragão.

    O DNIT ainda não deu um parecer técnico sobre as condições da rodovia, o que deve fazer ainda esta semana com a vazante apresentada. Porém, informações dão conta de que a recuperação do trecho destruído pelas águas deve ser demorada, já que há um plano para não só recuperar como elevar o nível da rodovia.

    O governo e a Acisa informaram que só no sábado passaram 71 caminhões pela BR-364 para o Acre, sendo 60 para Rio Branco, como vários produtos. Além de cargas para os distritos rondonienses de Nova Califórnia, Extrema e Vila Abunã.

    Fonte:newsrondonia.
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Fizemos História em 2013

http://www.oaltoacre.com/estudante-de-brasileia-representara-regional-do-alto-acre-em-brasilia/

terça-feira, 8 de abril de 2014

Coco Chanel

"Elegância é quando o interior é tão belo quanto o exterior."
Coco Chanel

Primeiro transplante de fígado da Região Norte é realizado no Acre

Primeiro transplante de fígado da Região Norte é realizado no Acre

    Paciente estava na lista de espera desde 2011.
    ‘Já está consciente e conversando’, diz diretor de hospital sobre paciente.

    Yuri Marcel – Do G1 AC
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    Primeiro transplante da região Norte foi feito no Acre (Foto: Carlos Eduardo/ Arquivo pessoal )
    Após quase oito horas de operação, o Hospital das Clínicas, em Rio Branco, anunciou ter se tornado o primeiro hospital da Região Norte a realizar um transplante de fígado. O paciente é um homem de 40 anos que tinha Hepatite B e já estava na lista de transplante desde 2011.
    De acordo com o diretor do Hospital das Clínicas de Rio Branco, Carlos Eduardo Alves, a operação começou por volta  de 00h40 de sábado e acabou às 8h da manhã do mesmo dia. A equipe de 20 pessoas era liderada pelo médico paulista Tércio Genzini, especializado em cirurgias de fígado e pâncreas.
    Alves diz que o paciente ainda está na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), mas seu quadro é estável e a previsão de alta é de até 10 dias. “Ainda está na UTI porque o quadro inspira cuidados, mas já está consciente e conversando”, comenta.
    O diretor diz estar satisfeito com o resultado. “É uma satisfação muito grande. O estado do Acre é pequeno de uma região grande como a Região Norte e está fazendo primeiro esse tipo de transplante. Um esforço muito grande, um sonho do governador Tião Viana que deu toda a estrutura para que tudo ocorresse bem”, ressalta.
    Além do fígado, atualmente o Hospital das Clínicas de Rio Branco realiza transplantes de córnea e rins já há alguns anos. O diretor explica que embora exista o desejo de aumentar o número de especialidades, é preciso primeiro dar atenção ao novo tipo de transplante.
    “É passo a passo. Porque é muito arriscado, exige muito treinamento e agora queremos ficar cada vez mais especializado no transplante de fígado antes de alçar voos mais altos”, finaliza.

    Comentários

    Enchente do rio Madeira já causa prejuízo ao Acre em mais de R$ 200 milhões

    Enchente do rio Madeira já causa prejuízo ao Acre em mais de R$ 200 milhões

      Cargas que seguiriam para o Acre estão retidas em Porto Velho, capital da Rondônia.
      Kellyton Lindoso
      O governo do Acre estima em R$ 203 milhões o prejuízo causado ao Estado pelas cheias que afetam os rios amazônicos desde o início de fevereiro. É o que informa o site Estadão.
      O site, em publicação, afirma que a Federação do Comércio do Estado acredita que os efeitos vão gerar impacto na economia nos próximos três anos. “Em março, houve uma queda de 75% no imposto sobre circulação de mercadorias. Além dos prejuízos diretos com as enchentes, sobretudo no Rio Acre, o Estado sofre as consequências da interdição da BR-364, única ligação rodoviária com o restante do País”, informa.
      Rio Madeira deverá causar prejuízos à economia do Acre em mais de 200 milhões de reais/Foto: Sérgio Vale
      Rio Madeira deverá causar prejuízos à economia do Acre em mais de 200 milhões de reais/Foto: Sérgio Vale
      Em virtude da cheia do rio Madeira, o site destaca que o transporte de mercadorias para o Acre está parado há quase dois meses. As fortes correntezas dos rios espraiados dificultam também o transporte por via fluvial.
      A capital, Rio Branco, e a maioria das cidades do interior foram obrigadas a racionar alguns produtos, inclusive gás e combustível. O governo já decretou estado de emergência e tem importado gasolina do Peru, país vizinho. A perspectiva é de que a rodovia permaneça interditada por mais duas ou três semanas.
      As cargas que seguiriam para o Acre estão retidas em Porto Velho, capital da Rondônia. Caminhoneiros e ajudantes que decidiram esperar a reabertura da BR “moram” na cabine das carretas há mais de 40 dias.

      Abrigo do imigrantes em Brasiléia será fechado-Haitianos

      Abrigo do imigrantes em Brasiléia será fechado

        Secretário Nilson Mourão anunciou o fechamento do abrigo em Brasiléia - Foto: Fernando Oliveira
        Secretário Nilson Mourão anunciou o fechamento do abrigo em Brasiléia – Foto: Fernando Oliveira
        Alexandre Lima
        O governo do Acre decidiu nesta terça-feira, dia 8, que o abrigo onde estão abrigados os imigrantes em Brasiléia, será fechado. A notícia foi dada nesta manhã com a visita do secretario dos Direitos Humanos no Acre, Nilson Mourão, no local.
        Segundo foi dito, os que ainda estão em Brasiléia, serão transferidos para Rio Branco e em seguida, seguirão para as regiões Sul do País. Os que ainda estão esperando a liberação dos documentos, irão para o Parque de Exposições Castelo Branco.
        A decisão do governo vem de encontro as manifestações e reclamações que vinha acontecendo nos últimos dias. O abrigo em Brasiléia chegou a receber quase 2600 imigrantes de várias nacionalidades, principalmente do Haiti e Senegal. Foram registrados mais de 19 mil entrada no Brasil pelo Acre.
        Imigrante serão levados a Capital - Foto: Fernando Oliveira
        Imigrante serão levados a Capital – Foto: Fernando Oliveira
        Recentemente, o prefeito da cidade vizinha de Epitaciolândia, André Hassem, enviou cerca de 252 imigrante senegaleses que estava vivendo num armazém de forma insalubre, para o abrigo em Brasiléia, depois de constatar doenças como tuberculose e coqueluche entre os imigrantes ilegais.
        A insatisfação por parte dos moradores de Brasiléia estava nítida, tanto que um dos moradores está colhendo assinaturas pela cidade, que seria entregue ao governador Sebastião Viana numa de suas próximas visitas na fronteira.
        Com o cerco fechando, o governo vinha transferindo cerca de 150 imigrantes por dia para a Capital, onde estão partindo em voo fretado nos mesmo que estão vindo ao Acre para deixar medicamento e outros suprimentos escassos devido a cheia do Rio Madeira.

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