sábado, 1 de maio de 2010
sexta-feira, 23 de abril de 2010
GLOBO REPORTER NO ACRE 23/04/2010
Um Brasil que está para ser descoberto. As águas barrentas vão nos levar a um país de desamparados. No meio do caminho da nossa reportagem, tem um rio cheio de mistérios e um navio carregado de esperança. Vamos a bordo dessa aventura, que começa no Acre.
Somos recebidos pelo comandante Gleiber Banus, que conduz a tripulação do "Doutor Montenegro". O navio é um pronto-socorro da Marinha que tem plantão 24 horas, a serviço dos brasileiros que vivem isolados na Floresta Amazônica.
O comandante avisa que o acesso pode ser feito pelo rio ou pela via aérea. O rio é a estrada na região amazônica, mas é uma estrada cheia de curvas. E o Rio Juruá é considerado o mais sinuoso do Brasil. O Juruá se contorce na imensidão verde.
O ponto de partida é o porto de Cruzeiro do Sul, e o nosso destino é Marechal Taumaturgo, a cidade brasileira mais perto da fronteira com o Peru.
Para percorrer uma distância que seria de poucos quilômetros em linha reta, a gente leva muito tempo. E em busca do tempo perdido, aproveitamos todos os instantes desta missão heróica.
É um trabalho que mistura aventura, dedicação, solidariedade, paciência, descobrimento, e muita realização. Mas quem são eles? Os médicos Guilherme Yamashita, de Londrina, Paraná, de apenas 23 anos. Renata Borgo do interior de São Paulo, de Jaú, e Daniel Brandtinieris de Sorocaba têm 25 anos. Tem também Fernando Nóbrega da Universidade de São Paulo. E Flávia Marinho, de São Paulo, a pediatra do grupo.
Entre os dentistas, Fernando Alexandria é o mais experiente. De 33 anos, ele veio do Rio de Janeiro, assim como Danielle Dalmásio, de 29 anos. Camila Ishikawa é de São Paulo e tem 27 anos. Andrew Wschnsky, de 29 anos, é de Santa Catarina.
Priscyla Gouveia, maranhense de 27 anos, é a responsável pela farmácia. O enfermeiro é o sargento Magnus Vinicius da Silva, um nordestino do Rio Grande do Norte.
Levar estes profissionais da saúde com segurança aonde a população mais precisa é a missão este ano do comandante Gleiber Banos, carioca de 38 anos. E a navegação na região é difícil. "Aqui tem muito banco de areia. Tem que saber por onde a gente tem que passar", explica.
O comandante está preocupado com o nível do rio. “O Rio este ano está bem diferente dos anos anteriores: está em raso”, contou. O jeito é torcer para chover mais e as águas subirem. O Rio Juruá continua baixando. Cada vez mais, a gente vê o barranco - sinal de que o rio não está subindo. Isso é preocupante, porque o barco não consegue mesmo navegar, mas a equipe médica da Marinha está indo fazer o atendimento na cidade de Cruzeiro do Sul.
A equipe de socorro está a postos para arregaçar as mangas, porque já tem muita gente ansiosa aguardando os "doutores da esperança".
O repórter André Luiz Azevedo pergunta para a médica Renata Borgo se ela já tinha feito consulta para seis crianças ao mesmo tempo. E ela responde: "Aqui geralmente vem a família toda. São seis ou sete crianças, pai, mãe".
Daniel examina Lilian, que está com uma febre de 39ºC. O enfermeiro Magnus, com toda paciência, prepara a menina, antes da injeção para curar de vez a infecção na garganta. "Você se torna uma pessoa mais humana aqui", diz Daniel.
E é mesmo uma experiência compensadora. Durante o ano inteiro em que ficam servindo na Amazônia, os jovens doutores ganham salário de cerca de R$ 4 mil por mês, longe de casa, perto de um Brasil desconhecido.
Nessa área de vastidões na Amazônia, onde tudo é muito grande, muito difícil, as casas ficam isoladas. Nesta época do ano, que teve pouca chuva, o acesso é difícil.
Nós estamos chegando a uma casa de uma família que vai para o atendimento médico e dentário. Para isso, temos que passar por uma ponte improvisada. O repórter André Luis Azevedo chega ao local e encontra a dona de casa Maria Eunice Brás. "Eu sou mãe de doze filhos! Morreram três, mas já eram grandes. Agora tem sete comigo em casa", revela.
A Dona Maria Eunice conta faz, quando uma criança que tem um problema: "Nós saímos três da madrugada daqui e chegamos 10h30 do dia". Eles saem, em plena madrugada, e enfrentam o caminho difícil que a equipe fez. Sem a equipe do navio, atendimento médico só na cidade de Cruzeiro do Sul.
"Quando está chovendo direto, é quase o dia todo para chegar", afirma a dona de casa. "Se a criança estiver passando mal mesmo ou uma pessoa adulta, ela morre".
É a sina do povo deste Brasil tão distante de tudo. Mas a família da dona de casa Maria Eunice Brás e do aposentado Edilson Maciel da Rocha se vira como pode. O tambaqui já se multiplica com facilidade no criadouro bem em frente de casa. A família se sustenta sem fartura, mas com muita força de vontade.
Maria Eunice conta quais os filhos vão ao médico. As meninas vão com o pai, seu Edilson.
A notícia da chegada da equipe de médicos e dentistas se espalha rapidamente. A divulgação é feita boca a boca e, logo, toda a região fica sabendo.
Edilson e as filhas embarcam no caminhão fretado para buscar as famílias isoladas. "Eu estou sentindo muita câimbra e fraqueza dos nervos", diz o senhor.
Desta vez, foi rápido. O socorro médico está em uma escola da região. O médico Fernando vai atender Edilson e a Lorena. Filha e pai são medicados e saem satisfeitos. "Isso para nós, aqui, é novidade, porque não acontece", revela Edilson.
Os médicos formados nas melhores faculdades enfrentam o desafio que, certamente, não estava nos livros das escolas: a dura realidade brasileira, o drama de passar receita para famílias inteiras em que todos são analfabetos. "O que a gente sente mais falta, nessas comunidades, é educação”, declara Guilherme.
E o médico conta como faz para receitar para um analfabeto: "A gente pode usar desenhos. Um remédio que é para ser tomado duas vezes por dia a gente pode desenhar um sol, e ai você explica para a pessoa que esse sol quer dizer que ela vai tomar o remédio de dia. E uma lua, que mostra para ela tomar à noite".
"O desenho é uma linguagem universal, todo mundo entende", ressalta a médica Renata Borgos.
Somos recebidos pelo comandante Gleiber Banus, que conduz a tripulação do "Doutor Montenegro". O navio é um pronto-socorro da Marinha que tem plantão 24 horas, a serviço dos brasileiros que vivem isolados na Floresta Amazônica.
O comandante avisa que o acesso pode ser feito pelo rio ou pela via aérea. O rio é a estrada na região amazônica, mas é uma estrada cheia de curvas. E o Rio Juruá é considerado o mais sinuoso do Brasil. O Juruá se contorce na imensidão verde.
O ponto de partida é o porto de Cruzeiro do Sul, e o nosso destino é Marechal Taumaturgo, a cidade brasileira mais perto da fronteira com o Peru.
Para percorrer uma distância que seria de poucos quilômetros em linha reta, a gente leva muito tempo. E em busca do tempo perdido, aproveitamos todos os instantes desta missão heróica.
É um trabalho que mistura aventura, dedicação, solidariedade, paciência, descobrimento, e muita realização. Mas quem são eles? Os médicos Guilherme Yamashita, de Londrina, Paraná, de apenas 23 anos. Renata Borgo do interior de São Paulo, de Jaú, e Daniel Brandtinieris de Sorocaba têm 25 anos. Tem também Fernando Nóbrega da Universidade de São Paulo. E Flávia Marinho, de São Paulo, a pediatra do grupo.
Entre os dentistas, Fernando Alexandria é o mais experiente. De 33 anos, ele veio do Rio de Janeiro, assim como Danielle Dalmásio, de 29 anos. Camila Ishikawa é de São Paulo e tem 27 anos. Andrew Wschnsky, de 29 anos, é de Santa Catarina.
Priscyla Gouveia, maranhense de 27 anos, é a responsável pela farmácia. O enfermeiro é o sargento Magnus Vinicius da Silva, um nordestino do Rio Grande do Norte.
Levar estes profissionais da saúde com segurança aonde a população mais precisa é a missão este ano do comandante Gleiber Banos, carioca de 38 anos. E a navegação na região é difícil. "Aqui tem muito banco de areia. Tem que saber por onde a gente tem que passar", explica.
O comandante está preocupado com o nível do rio. “O Rio este ano está bem diferente dos anos anteriores: está em raso”, contou. O jeito é torcer para chover mais e as águas subirem. O Rio Juruá continua baixando. Cada vez mais, a gente vê o barranco - sinal de que o rio não está subindo. Isso é preocupante, porque o barco não consegue mesmo navegar, mas a equipe médica da Marinha está indo fazer o atendimento na cidade de Cruzeiro do Sul.
A equipe de socorro está a postos para arregaçar as mangas, porque já tem muita gente ansiosa aguardando os "doutores da esperança".
O repórter André Luiz Azevedo pergunta para a médica Renata Borgo se ela já tinha feito consulta para seis crianças ao mesmo tempo. E ela responde: "Aqui geralmente vem a família toda. São seis ou sete crianças, pai, mãe".
Daniel examina Lilian, que está com uma febre de 39ºC. O enfermeiro Magnus, com toda paciência, prepara a menina, antes da injeção para curar de vez a infecção na garganta. "Você se torna uma pessoa mais humana aqui", diz Daniel.
E é mesmo uma experiência compensadora. Durante o ano inteiro em que ficam servindo na Amazônia, os jovens doutores ganham salário de cerca de R$ 4 mil por mês, longe de casa, perto de um Brasil desconhecido.
Nessa área de vastidões na Amazônia, onde tudo é muito grande, muito difícil, as casas ficam isoladas. Nesta época do ano, que teve pouca chuva, o acesso é difícil.
Nós estamos chegando a uma casa de uma família que vai para o atendimento médico e dentário. Para isso, temos que passar por uma ponte improvisada. O repórter André Luis Azevedo chega ao local e encontra a dona de casa Maria Eunice Brás. "Eu sou mãe de doze filhos! Morreram três, mas já eram grandes. Agora tem sete comigo em casa", revela.
A Dona Maria Eunice conta faz, quando uma criança que tem um problema: "Nós saímos três da madrugada daqui e chegamos 10h30 do dia". Eles saem, em plena madrugada, e enfrentam o caminho difícil que a equipe fez. Sem a equipe do navio, atendimento médico só na cidade de Cruzeiro do Sul.
"Quando está chovendo direto, é quase o dia todo para chegar", afirma a dona de casa. "Se a criança estiver passando mal mesmo ou uma pessoa adulta, ela morre".
É a sina do povo deste Brasil tão distante de tudo. Mas a família da dona de casa Maria Eunice Brás e do aposentado Edilson Maciel da Rocha se vira como pode. O tambaqui já se multiplica com facilidade no criadouro bem em frente de casa. A família se sustenta sem fartura, mas com muita força de vontade.
Maria Eunice conta quais os filhos vão ao médico. As meninas vão com o pai, seu Edilson.
A notícia da chegada da equipe de médicos e dentistas se espalha rapidamente. A divulgação é feita boca a boca e, logo, toda a região fica sabendo.
Edilson e as filhas embarcam no caminhão fretado para buscar as famílias isoladas. "Eu estou sentindo muita câimbra e fraqueza dos nervos", diz o senhor.
Desta vez, foi rápido. O socorro médico está em uma escola da região. O médico Fernando vai atender Edilson e a Lorena. Filha e pai são medicados e saem satisfeitos. "Isso para nós, aqui, é novidade, porque não acontece", revela Edilson.
Os médicos formados nas melhores faculdades enfrentam o desafio que, certamente, não estava nos livros das escolas: a dura realidade brasileira, o drama de passar receita para famílias inteiras em que todos são analfabetos. "O que a gente sente mais falta, nessas comunidades, é educação”, declara Guilherme.
E o médico conta como faz para receitar para um analfabeto: "A gente pode usar desenhos. Um remédio que é para ser tomado duas vezes por dia a gente pode desenhar um sol, e ai você explica para a pessoa que esse sol quer dizer que ela vai tomar o remédio de dia. E uma lua, que mostra para ela tomar à noite".
"O desenho é uma linguagem universal, todo mundo entende", ressalta a médica Renata Borgos.
segunda-feira, 12 de abril de 2010
Frei Paulino Baldassarri,
O seu retorno se deu devido ao convite da Prefeitura de Brasiléia onde recebeu várias homenagens dos mais de 2000 fieis católicos que assistiram a missa que foi celebrada do lado de fora, por não caber dentro da Igreja. Aos 84 anos de vida, mais de 50 foram dedicado ao sacerdócio e aos pobres.
Frei Paulino Baldassarri, ou simplesmente Padre Paulino (como é mais conhecido), retornou à cidade de Brasiléia onde ajudou fundar a Igreja Nossa Senhora das Dores. Surpreendentemente incrível ver uma pessoa com quase um século de vida ainda lembrar de pessoas que batizou, casou, entre outras bênçãos, celebrar uma missa com pleno vigor e fé.
A Igreja Nossa Senhora das Dores, foi inaugurada no ano de 1956, motivada por Paulino num mutirão de ajuda popular, muitos já não estão vivos, e outros mesmo com dificuldade foram assistir a missa.
Paulino, em sua fala, lembrou quando quase caiu da torre (mais de 30 metros) da igreja, para colocar a Cruz que ainda está lá. “Estou muito feliz, isso tudo me motiva na minha caminhada em levar o conforto a quem precisa”, disse. Os mais antigos que assistiam sua pregação, era visível a emoção com direito à lágrimas.
Paulino, em sua fala, lembrou quando quase caiu da torre (mais de 30 metros) da igreja, para colocar a Cruz que ainda está lá. “Estou muito feliz, isso tudo me motiva na minha caminhada em levar o conforto a quem precisa”, disse. Os mais antigos que assistiam sua pregação, era visível a emoção com direito à lágrimas.
Muitos lembravam de suas pregações e do respeito que pouco se vê hoje. “Ele é um homem santo. É incrível ver que está em plena saúde e continua a mesma pessoa de tantos anos atrás”, disse um fiel. Encenações teatrais sobre sua vida, música especialmente composta para Padre Paulino e homenagem de crianças, foram bem recebidas. Até brincou quando recebeu o Titulo de Honra ao Mérito das mãos da prefeita Leila Galvão que ainda não conhecia pessoalmente, e do vice, Deurimar Campos.
Além da construção da igreja, Padre Paulino se destaca pela evangelização de ribeirinhos do rio acre, como também o povo boliviano na época. A igreja católica tem um papel de fundamental importância no desenvolvimento do Estado do Acre, em especial, do município de Brasiléia. Por este motivo, foi incluída na programação do centenário. Após o final da missa e aproveitando a ocasião, foi anunciado aos fieis presentes, a campanha para angariar fundos destinados à reforma da Igreja. Para quem quiser ajudar, basta procurar a administração da Paróquia no centro da cidade.
fonte:oaltoacre
fonte:oaltoacre
sábado, 9 de janeiro de 2010
sábado, 13 de junho de 2009
Brasiléia completa 100 anos em 2010
Brasiléia completa 100 anos em 2010
Edmilson Ferreira
16-Mar-2009
Prefeitura quer festa do centenário em alto estilo, com obras que elevam a qualidade de vida e embelezam a cidade, como o Parque Ambiental
Brasília, como era chamada Brasileia, foi fundada em 3 de julho de 1910, numa região que, dizem os historiadores, eram as terras dos índios catianas e maitenecas, no Seringal Carmem, quando o Acre já era território do Brasil. A pequena vila foi crescendo, tormou forma de cidade e atualmente se prepara para comemorar os 100 anos de criação em 2010.
Brasileia completa 100 anos em 2010 e ganha parque ambiental (Foto: Sérgio Vale/Secom)
A festa do centenário, segundo pretende a prefeita Leila Galvão, será em alto estilo. Leila quer atuar para que obras que se transformarão no cartão de visitas da cidade, como o Parque Ambiental, estejam prontas naquela data. O espaço de mais de 10 hectares será construído em uma área conhecida como Igapó do Kayrala/Bacurim. Autorizada pelo governador Binho Marques, a obra tem custo de R$ 3,9 milhões e contará com escritório de administração, sombreiros, ponte de madeira, bancos de madeira, bicicletários, cerca de 20 mil metros quadrados de placas de grama, plantas arbustivas variadas, palmeiras, árvores sombreadoras, pórtico de entrada e playground.
Brasileia, segundo a história, "foi criada por homens da classe dominante da sociedade acreana da época, seringalistas e autoridades constituídas, que habitavam no Alto Acre, vinculados à exportação de borracha para Belém e Manaus. No Seringal Carmem foi escolhida uma área para instalação da Justiça do 3º Termo Judiciário da Comarca de Xapuri e do Juiz Fulgêncio de Paiva. Foi assentada à margem esquerda do rio Acre, de frente à cidade boliviana de Cobija, onde moravam a maioria dos brasileiros que a fundaram no dia 3 de julho de 1910, data em que braços de seringueiros, sob as ordens dos doutores seringalistas, derrubaram as primeiras árvores no local em que hoje está situada a cidade no formato atual".
Fundado em 3 de julho de 2010, o município foi assentado à margem esquerda do rio Acre, de frente para a cidade boliviana de Cobija (Foto: Sérgio Vale/Secom)
A Prefeitura atua de forma sistemática para incrementar o turismo, atividade que não para de crescer por conta, principalmente, do advento da Estrada do Pacífico. Brasileia é caminho natural para o Peru e faz fronteira direta com a Bolívia. Do outro lado da cidade está Cobija, capital do departamento boliviano do Pando e uma zona franca onde os turistas podem encontrar produtos a preços competitivos. Os números são animadores e mostram que o fluxo de pessoas que passam algum tempo na cidade a passeio ou a trabalho é cada vez maior. "O turismo é uma atividade que incentivamos em nosso município", disse a prefeita.
Brasília, como era chamada Brasileia, foi fundada em 3 de julho de 1910, numa região que, dizem os historiadores, eram as terras dos índios catianas e maitenecas, no Seringal Carmem, quando o Acre já era território do Brasil. A pequena vila foi crescendo, tormou forma de cidade e atualmente se prepara para comemorar os 100 anos de criação em 2010.
Brasileia completa 100 anos em 2010 e ganha parque ambiental (Foto: Sérgio Vale/Secom)
A festa do centenário, segundo pretende a prefeita Leila Galvão, será em alto estilo. Leila quer atuar para que obras que se transformarão no cartão de visitas da cidade, como o Parque Ambiental, estejam prontas naquela data. O espaço de mais de 10 hectares será construído em uma área conhecida como Igapó do Kayrala/Bacurim. Autorizada pelo governador Binho Marques, a obra tem custo de R$ 3,9 milhões e contará com escritório de administração, sombreiros, ponte de madeira, bancos de madeira, bicicletários, cerca de 20 mil metros quadrados de placas de grama, plantas arbustivas variadas, palmeiras, árvores sombreadoras, pórtico de entrada e playground.
Brasileia, segundo a história, "foi criada por homens da classe dominante da sociedade acreana da época, seringalistas e autoridades constituídas, que habitavam no Alto Acre, vinculados à exportação de borracha para Belém e Manaus. No Seringal Carmem foi escolhida uma área para instalação da Justiça do 3º Termo Judiciário da Comarca de Xapuri e do Juiz Fulgêncio de Paiva. Foi assentada à margem esquerda do rio Acre, de frente à cidade boliviana de Cobija, onde moravam a maioria dos brasileiros que a fundaram no dia 3 de julho de 1910, data em que braços de seringueiros, sob as ordens dos doutores seringalistas, derrubaram as primeiras árvores no local em que hoje está situada a cidade no formato atual".
Fundado em 3 de julho de 2010, o município foi assentado à margem esquerda do rio Acre, de frente para a cidade boliviana de Cobija (Foto: Sérgio Vale/Secom)
A Prefeitura atua de forma sistemática para incrementar o turismo, atividade que não para de crescer por conta, principalmente, do advento da Estrada do Pacífico. Brasileia é caminho natural para o Peru e faz fronteira direta com a Bolívia. Do outro lado da cidade está Cobija, capital do departamento boliviano do Pando e uma zona franca onde os turistas podem encontrar produtos a preços competitivos. Os números são animadores e mostram que o fluxo de pessoas que passam algum tempo na cidade a passeio ou a trabalho é cada vez maior. "O turismo é uma atividade que incentivamos em nosso município", disse a prefeita.
Tudo começou com um incidente que resultou na expulsão do juiz e do escrivão da comarca de Xapuri. Sem sede, a comarca foi transferida para um "jamaxi" e de lá perambulou pelos seringais do rio Acre até encontrar guarida em Cobija...Breve relato extraído de um documento da Biblioteca do IBGE:Sobre a fundação da cidade, conta-se que a idéia surgiu em conseqüência de um incidente ocorrido entre o juiz do 3.° termo judiciário da Comarca de Xapuri, sediado no seringal Nazaré, Fulgêncio de Paiva, e o arrendatário do mesmo seringal, João Pereira de Pinho.
O juiz protestou contra os alojamentos que lhe ofereceram, considerando-os indignos do judiciário. Desse desentendimento resultou a expulsão do juiz e do escrivão que não obtendo acolhimento em outros seringais dirigiram-se a Cobija, cidade fronteiriça boliviana, onde foram hospedados por patrícios ali residentes.Comarca sem sede andava em um "jamaxi"Conduzindo às costas todo o material e arquivo do juizado, os dois funcionários causaram hilaridade às pessoas que os viram atravessar as ruas da cidade boliviana. Dizia-se em satírico dito da região que a justiça do 3.° Termo andava num "jamaxi", de seringal em seringal, esmolando hospedagem.
Vários brasileiros residentes em Cobija, feridos no seu amor pátrio não puderam ficar indiferentes a esse acontecimento e reuniram-se na residência de José Cordeiro Barbosa e concordaram em conseguir uma instalação condigna e apropriada para a justiça.Organizou-se, então, uma comissão integrada por Luís Barreto Correia de Menezes, Reinaldo Melo, José Cordeiro Barbosa e Fulgêncio de Paiva, com o fim de adquirir o local para fundação de uma vila onde se construiria um prédio destinado à instalação desejada.
Finalmente, apesar de não encontrarem a mínima boa vontade por parte dos proprietários dos seringais, escolheram uma faixa de terra do seringal Carmem, defronte de Cobija, à margem esquerda do rio Acre.A idéia foi propalada entre os brasileiros que mourejavam às margens do rio, acima de Cobija e nesta residentes, apelando para o concurso pessoal e financeiro de cada um. Ultimados os preparativos no domingo de 3 de julho de 1910, às 7 horas, cerca de 100 pessoas, entre homens e mulheres, deram início à derrubada da mata sob ardoroso entusiasmo.Às 17 horas foram suspensos e dados por concluídos os trabalhos, constatando-se o desflorestamento de um hectare de área. Após o trabalho de derrubada e limpeza do terreno, tendo a comissão arrecadado a importância de vinte e dois contos de réis, teve início a construção de um amplo prédio, que se chamaria "Palácio da Justiça". Neste local surgiria Brasília, popularmente Brasília e atual Brasiléia.Decorridos seis meses, quando as obras já se encontravam em acabamento, aparece, inopinadamente, o gerente do seringal Carmem, João Gomes Teixeira, à frente da marinhagem do navio "Braga Sobrinho", e ataca a indefesa vila, destruindo totalmente o prédio. Em conseqüência, instalouse rigoroso inquérito, ficando a firma insurgente obrigada a doar a área em questão.
Em 30 de maio de 1911, foi realizada a doação, por escritura pública, em Rio Branco. Nesse mesmo ano, por determinação do Prefeito do Departamento do Alto Acre, Deocleciano Coelho de Souza, verificou-se o levantamento da planta-projeto da novel vila e, no ano seguinte, foram nomeadas as primeiras autoridades.Fonte: biblioteca do IBGE, Monografia 334, 1966 Publicado por Evandro Ferreira
Lista de governadores do Acre
Estado Independente do Acre
Nome
http://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_de_governadores_do_Acre
início do mandato
fim do mandato
Luis Gálvez Rodríguez de Arias
14 de julho de 1899
1 de janeiro de 1900
Antônio de Sousa Braga
1 de janeiro de 1900
30 de janeiro de 1900
Luis Gálvez Rodríguez de Arias
30 de janeiro de 1900
15 de março de 1900
Joaquim Vítor da Silva
15 de março de 1900
25 de abril de 1900
reincorporção à Bolívia
25 de abril de 1900
7 de agosto de 1902
José Plácido de Castro
7 de agosto de 1902
25 de fevereiro de 1904
--------------------------------
Território Federal do Acre
Até 1921 o território estava dividido em quatro departamentos (Alto Acre, Alto Purus, Alto Juruá e Alto Tarauaca) que eram chefiados por prefeitos nomeados pela presidência da República. Somente a partir de 1921 é que o território passa a ter um governo centralizado, com mandatário também nomeados pelo governo da União.
nº
Nome
início do mandato
fim do mandato
1
Epaminondas Jácome
1 de janeiro de 1921
22 de junho de 1922
2
José da Cunha Vasconcelos
17 de fevereiro de 1923
19 de maio de 1926
3
Alberto Augusto O. Diniz
26 de maio de 1926
16 de dezembro de 1926
4
Hugo Ribeiro Carneiro
15 de junho de 1927
3 de dezembro de 1930
5
Francisco de Paula Assis Vasconcelos
8 de dezembro de 1930
20 de setembro de 1934
6
José Maria Brandão Castelo Branco Sobrinho
21 de setembro de 1934
10 de fevereiro de 1935
7
Manuel Martiniano Prado
14 de abril de 1935
10 de fevereiro de 1937
8
Epaminondas de Oliveira Martins
15 de março de 1937
30 de agosto de 1941
9
Oscar Passos
30 de agosto de 1941
22 de agosto de 1942
10
Luís Silvestre Gomes Coelho
25 de outubro de 1942
22 de fevereiro de 1950
11
José Guiomard dos Santos
22 de fevereiro de 1950
30 de junho de 1950
12
Raimundo Pinheiro Filho
1 de julho de 1950
30 de janeiro de 1951
13
João Rubitschel de Figueiredo
30 de janeiro de 1951
21 de maio de 1951
14
Amílcar Dutra de Menezes
21 de maio de 1951
2 de janeiro de 1952
15
Abel Pinheiro Maciel Filho
21 de maio de 1953
10 de agosto de 1954
16
Francisco d'Oliveira Conde
10 de setembro de 1954
2 de março de 1955
17
Paulo Francisco Torres
2 de março de 1955
4 de abril de 1956
18
Valério Caldas de Magalhães
4 de abril de 1956
10 de novembro de 1958
19
Manuel Fontenele de Castro
10 de novembro de 1958
18 de março de 1961
20
José Altino Machado
18 de março de 1961
4 de setembro de 1961
21
Osvaldo Pinheiro de Lima
4 de setembro de 1961
29 de outubro de 1961
22
José Rui da Silveira Lino
29 de outubro de 1961
4 de junho de 1962
---------------------------
Governo do Estado do Acre
nº
Nome
início do mandato
fim do mandato
1
Aníbal Miranda Ferreira da Silva
15 de junho de 1962
1 de março de 1963
2
José Augusto de Araújo
1 de março de 1963
25 de março de 1963
3
Edgard Pereira de Cerqueira Filho
25 de março de 1963
12 de setembro de 1966
4
Jorge Kalume
19 de setembro de 1966
15 de março de 1971
5
Francisco Wanderley Dantas
15 de março de 1971
15 de março de 1975
6
Geraldo Gurgel de Mesquita
15 de março de 1975
15 de março de 1979
7
Joaquim Falcão Macedo
15 de março de 1979
15 de março de 1983
8
Nabor Teles da Rocha Júnior
15 de março de 1983
14 de maio de 1986
9
Iolanda Lima Fleming
15 de maio de 1986
15 de março de 1987
10
Flaviano Flávio Baptista de Melo
15 de março de 1987
de março de 1989
11
Édison Simão Cadaxo
2 de março de 1989
15 de março de 1991
12
Edmundo Pinto de Almeida Neto
15 de março de 1991
17 de maio de 1992
13
Romildo Magalhães da Silva
17 de maio de 1992
1 de janeiro de 1995
14
Orleir Messias Cameli
1 de janeiro de 1995
1 de janeiro de 1999
15
Jorge Viana
1 de janeiro de 1999
1 de janeiro de 2007
16
Binho Marques
1 de janeiro de 2007
atualidade
Nome
http://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_de_governadores_do_Acre
início do mandato
fim do mandato
Luis Gálvez Rodríguez de Arias
14 de julho de 1899
1 de janeiro de 1900
Antônio de Sousa Braga
1 de janeiro de 1900
30 de janeiro de 1900
Luis Gálvez Rodríguez de Arias
30 de janeiro de 1900
15 de março de 1900
Joaquim Vítor da Silva
15 de março de 1900
25 de abril de 1900
reincorporção à Bolívia
25 de abril de 1900
7 de agosto de 1902
José Plácido de Castro
7 de agosto de 1902
25 de fevereiro de 1904
--------------------------------
Território Federal do Acre
Até 1921 o território estava dividido em quatro departamentos (Alto Acre, Alto Purus, Alto Juruá e Alto Tarauaca) que eram chefiados por prefeitos nomeados pela presidência da República. Somente a partir de 1921 é que o território passa a ter um governo centralizado, com mandatário também nomeados pelo governo da União.
nº
Nome
início do mandato
fim do mandato
1
Epaminondas Jácome
1 de janeiro de 1921
22 de junho de 1922
2
José da Cunha Vasconcelos
17 de fevereiro de 1923
19 de maio de 1926
3
Alberto Augusto O. Diniz
26 de maio de 1926
16 de dezembro de 1926
4
Hugo Ribeiro Carneiro
15 de junho de 1927
3 de dezembro de 1930
5
Francisco de Paula Assis Vasconcelos
8 de dezembro de 1930
20 de setembro de 1934
6
José Maria Brandão Castelo Branco Sobrinho
21 de setembro de 1934
10 de fevereiro de 1935
7
Manuel Martiniano Prado
14 de abril de 1935
10 de fevereiro de 1937
8
Epaminondas de Oliveira Martins
15 de março de 1937
30 de agosto de 1941
9
Oscar Passos
30 de agosto de 1941
22 de agosto de 1942
10
Luís Silvestre Gomes Coelho
25 de outubro de 1942
22 de fevereiro de 1950
11
José Guiomard dos Santos
22 de fevereiro de 1950
30 de junho de 1950
12
Raimundo Pinheiro Filho
1 de julho de 1950
30 de janeiro de 1951
13
João Rubitschel de Figueiredo
30 de janeiro de 1951
21 de maio de 1951
14
Amílcar Dutra de Menezes
21 de maio de 1951
2 de janeiro de 1952
15
Abel Pinheiro Maciel Filho
21 de maio de 1953
10 de agosto de 1954
16
Francisco d'Oliveira Conde
10 de setembro de 1954
2 de março de 1955
17
Paulo Francisco Torres
2 de março de 1955
4 de abril de 1956
18
Valério Caldas de Magalhães
4 de abril de 1956
10 de novembro de 1958
19
Manuel Fontenele de Castro
10 de novembro de 1958
18 de março de 1961
20
José Altino Machado
18 de março de 1961
4 de setembro de 1961
21
Osvaldo Pinheiro de Lima
4 de setembro de 1961
29 de outubro de 1961
22
José Rui da Silveira Lino
29 de outubro de 1961
4 de junho de 1962
---------------------------
Governo do Estado do Acre
nº
Nome
início do mandato
fim do mandato
1
Aníbal Miranda Ferreira da Silva
15 de junho de 1962
1 de março de 1963
2
José Augusto de Araújo
1 de março de 1963
25 de março de 1963
3
Edgard Pereira de Cerqueira Filho
25 de março de 1963
12 de setembro de 1966
4
Jorge Kalume
19 de setembro de 1966
15 de março de 1971
5
Francisco Wanderley Dantas
15 de março de 1971
15 de março de 1975
6
Geraldo Gurgel de Mesquita
15 de março de 1975
15 de março de 1979
7
Joaquim Falcão Macedo
15 de março de 1979
15 de março de 1983
8
Nabor Teles da Rocha Júnior
15 de março de 1983
14 de maio de 1986
9
Iolanda Lima Fleming
15 de maio de 1986
15 de março de 1987
10
Flaviano Flávio Baptista de Melo
15 de março de 1987
de março de 1989
11
Édison Simão Cadaxo
2 de março de 1989
15 de março de 1991
12
Edmundo Pinto de Almeida Neto
15 de março de 1991
17 de maio de 1992
13
Romildo Magalhães da Silva
17 de maio de 1992
1 de janeiro de 1995
14
Orleir Messias Cameli
1 de janeiro de 1995
1 de janeiro de 1999
15
Jorge Viana
1 de janeiro de 1999
1 de janeiro de 2007
16
Binho Marques
1 de janeiro de 2007
atualidade
Assinar:
Comentários (Atom)








